Se você buscar sobre gestão da inovação na internet vai encontrar diversos materiais, mas dificilmente definições fechadas, bem estabelecidas e muito menos fórmulas de como a implementar ou executar em sua empresa. Isso porque, de fato, não há uma receita. Depende muito da realidade, contexto e propósito da organização.
Depende de como já está estabelecida a inovação por si só na rotina desta companhia; do engajamento das pessoas; dos tipos de liderança empregados na gestão. É então que começamos a puxar o fio de um novelo sem fim de causas e efeitos. Exatamente por isso não há um modelo que pode ser replicado com facilidade, mas é claro que podemos identificar fatores de sucesso, que podem contribuir para que a empresa consiga sistematizar a inovação.
Falando nisso, vamos voltar ao começo! Como podemos definir, mesmo que subjetivamente, a gestão da inovação?
Segundo uma matéria lançada em 2012 no site da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), gestão da inovação consiste em:
[...] “Criação de condições para que ocorra o processo contínuo e permanente de produção de inovações. Certamente, as organizações mais inovadoras são as que criam melhores condições, tanto para o desenvolvimento das áreas de competência, como para a sistematização dos processos de inovação”. [...]
Ou seja, sistematizar o processo de inovação de forma que ele ocorra continuamente, baseado em requisitos e regras pré-definidas.
Certa vez assisti uma palestra de uma empresa, considerada referência em inovação no país. Foram apresentadas as ações que eram realizadas para manter a gestão integrada da inovação. Julguei bastante coerente e interessante, por isso vou compartilhar aqui de forma resumida.
1- Governança: Estabelecer um time internamente, responsável por discutir, definir e incentivar estratégias para a inovação dentro da empresa;
2- Mapeamento de Competências: Ter à vista quais as competências da companhia e do time para entender qual sua capacidade de assumir projetos de inovação;
3- Inteligência para Inovação: Incentivar a capacidade existente na empresa bem como gerar conhecimento de forma que a inovação venha por consequência;
4- Ideias: Fomentar e apoiar a geração de ideias, bem como gerir este banco de ideias para que nada se perca;
5- Critérios: Definir critérios de priorização de projetos, de forma a garantir bons projetos e não gerar desmotivação da equipe;
6- Incentivos: Elaborar uma política de incentivos à inovação de modo que ela seja contínua;
7- Gestão de Projetos: Determinar uma carteira de projetos de inovação;
8- Indicadores e processos: Mensurar resultados através de indicadores, afinal o que não é medido não pode ser gerenciado. Além de definir um processo cíclico para a sistematização da inovação.
Todas estas práticas devem vir acompanhadas de treinamentos e conscientização sobre inovação, gestão, comunicação interna efetiva, liderança que permita a autonomia do funcionário em sugerir uma inovação, acompanhamento sistemático dos resultados gerados com estas políticas internas, entre muitos outros aspectos capazes de interferir no sucesso da gestão da inovação.
É importante salientar que a organização deve entender em que momento de sua “maturidade” em inovação e gestão ela se encontra, além de estipular uma ordem para implementar as mudanças. Caso contrário, uma “novidade” mal executada pode influenciar negativamente a credibilidade perante à equipe.
Nenhuma mudança acontece da noite para o dia!
TIPS:
1- Encontre seu próprio modelo de sistematizar a inovação dentro da empresa.
2- Identifique se está no momento ideal para iniciar o processo de gestão da inovação.
3- Defina uma ordem lógica para a implantação das práticas.
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